Quando uma empresa ou negócio decide marcar presença no mundo digital, esta é uma das primeiras questões que surge.
A questão é 100% pertinente: o site é o “quartel-general” de qualquer negócio online, pelo que deve ser muito caro e complexo ter um, certo? As boas notícias são que, na verdade, nem por isso. Um site é algo relativamente barato e que pode beneficiar de diversas maneiras uma marca.
Vamos então conhecer os 3 requisitos-chave para se ter um site.
1. Domínio
O domínio é basicamente a tua morada na web. É aquilo que vais indicar aos amigos e clientes quando te perguntam o que devem escrever na barra de endereços do browser. O domínio não só é importante para tornar o acesso a um site facilmente memorável, como é também relevante em termos de SEO – visto que a Google já admitiu que tem o nome do domínio em consideração enquanto factor de ranking.
Um domínio tem sempre uma terminação, como “.com” ou “.pt”, que por vezes comunica algo ao visitante – por exemplo, um “.pt” sugere que a entidade é portuguesa (apesar de nem sempre ser o caso).
O registo de um domínio tem habitualmente o custo aproximado de 15 euros, valor esse que também deve ser pago anualmente para que o domínio seja renovado. Podes registar um domínio num domain registrar – em Portugal, recomendo o PTServidor, o site onde registo todos os meus domínios.
Se o domínio que pretenderes já estiver ocupado, não há muito a fazer. Ou registas o mesmo nome com outra terminação (há mais de 1.500 disponíveis!) ou contactas a entidade que é dona do domínio que desejas e perguntas se estaria interessada em vendê-lo.
2. Alojamento
O domínio aponta as pessoas para o sítio certo, mas por si só não apresenta um site. No fundo, é como se desses o nome de uma rua a um amigo, ele chegasse à morada e encontrasse a rua vazia, desabitada.
Porquê? Porque falta o alojamento. Sem alojamento (ou hosting, em inglês) não tens onde armazenar texto, imagens, vídeos… tudo o que compõe um site.
Na web, a maior parte dos sites residem em computadores alugados, situados algures no mundo. Estes computadores garantem que o site fica disponível 24 horas por dia. O espaço de alojamento (para armazenares ficheiros) e a performance do computador vai depender de quanto quiseres gastar.
As caixas de email também ocupam espaço do alojamento – quando recebes um email com um anexo de 20 MB, tanto a mensagem como o anexo ficam armazenados nesse computador. Este é outro ponto a ter em conta quando se pensa no espaço necessário.
Ao contrário do valor do domínio, os valores os serviços de alojamento são bastante variáveis. Podes pagar 5 euros mensais por “alojamento e tráfego ilimitado” e 20 euros por “10 GB de alojamento e 10 mil visitas”.
À primeira vista, o primeiro parece muito mais competitivo, mas “quando a esmola é grande, o pobre desconfia”. E a verdade é que a 2ª opção pode oferecer um site muito mais rápido que o 1º, ou estar optimizado para determinada plataforma (que é o ponto que veremos a seguir), acabando por ser mais vantajoso.
A qualidade do suporte também é muito importante e um factor que deve pesar na tua decisão: se o teu site estiver em baixo (offline), é crucial teres uma linha de apoio que resolva o problema de forma rápida.
Ao contrário dos domínios, o alojamento é um custo mensal, mas que podes decidir pagar por ano (ou até vários anos), beneficiando habitualmente de um desconto. Pela relação qualidade/preço e pela confiança no suporte técnico, todos os meus sites (e dos meus clientes) estão alojados no PTServidor.
3. Plataforma
O domínio e o alojamento poderão ser suficientes para teres um site se tiveres conhecimentos de HTML, CSS e, eventualmente, JavaScript. Estas são as linguagens que o browser entende e aquelas que os programadores web dominam – mas isso não significa que tenhas de ir a correr tirar um curso…
Felizmente, existem inúmeras plataformas que apresentam um interface agradável, similar por exemplo ao Microsoft Word, que te permite criar conteúdos de forma fácil, tratando eles da “conversão” para código que o browser entenda.
Estas plataformas têm o nome de CMS (Content Management System), porque são exactamente isso: permitem-te gerir o conteúdo (páginas, textos, imagens, vídeos) sem grandes conhecimentos técnicos. Todos estes CMS oferecem também imensos templates, habitualmente chamados temas, que te permitem dar alguma liberdade na configuração do aspecto visual do teu site.
Se quiseres um site 100% personalizado, mesmo com estas plataformas é provável que tenhas que recorrer a um programador (podes sempre falar comigo) para acrescentar funcionalidades ou ajustar alguns pormenores estéticos, mas não deixam de ser um óptimo ponto de partida.
A cada dia que passa surgem mais alternativas, mas o WordPress é a minha solução de eleição há mais de 10 anos. É a plataforma mais utilizada da web – estima-se que cerca de 30% dos sites de todo o mundo sejam criados com WordPress e a esmagadora maioria dos serviços de alojamento oferece esta plataforma como uma das principais opções.
O WordPress permite criar qualquer site – seja ele um portfólio, uma loja online, um blog ou um site institucional.
Uma das razões para o seu sucesso é a enorme comunidade, responsável pelo desenvolvimento de inúmeros plugins e temas que satisfazem todo o tipo de necessidades.
Quando um cliente me pede um site que consiga actualizar, a resposta é quase sempre um site criado em WordPress – porque assim terá a flexibilidade de editar o conteúdo, ficando eu responsável pela configuração inicial e posterior manutenção.
Não invalida, no entanto, que alguns projetos mais específicos não necessitem de outro CMS – já surgiram situações em que trabalhei com Joomla, Magento e Prestashop.
Existem 2 plataformas que não recomendo: Wix e Squarespace. Isto prende-se com o facto de serem 2 entidades muito focadas em “prender” o utilizador às suas tecnologias, tornando a migração difícil se um dia se optar por alterar o CMS. São também menos flexíveis que as alternativas que referi anteriormente.
Como vês, não é difícil nem dispendioso ter um site. Tens alguma questão? Manifesta-te nos comentários!
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