A cada dia conheço mais negócios que criam uma página no Facebook ou um perfil no Instagram e se focam nessa plataforma, desvalorizando a importância de ter um site. Com a explosão das redes sociais, é normal pensar-se que os sites já não são tão relevantes quanto antes.
À primeira vista, este raciocínio faz todo o sentido: são estruturas em que qualquer um pode entrar sem qualquer custo, fáceis de usar e com milhões de utilizadores activos diariamente. E uma marca tem que estar onde as pessoas estão.
Eu próprio acompanho inúmeras marcas nas redes sociais e sou responsável pela gestão de algumas. Mas encaro a presença nas redes como um complemento – digamos que fazem parte de uma “dieta digital equilibrada”, mas não são a solução para tudo.
Se concordo que uma forte presença nas redes sociais é fundamental em 2019, a verdade é que ter um site atractivo, actualizado e intuitivo é igualmente indispensável. Um site continua a ser sinónimo de credibilidade e confere maior profissionalismo a uma marca, mas a meu ver essa nem é a principal vantagem.
Neste artigo, apresento-te 3 razões para um site ainda ser importante.
1. Um site dá-te controlo total
Cada rede social apresenta inúmeras regras que tens que cumprir. É sobejamente conhecido que no Twitter o máximo de caracteres que cada tweet pode ter são 240, ou que no Instagram não podemos colocar links nas publicações que não são promovidas.
Não encontramos essas limitações num site. Aqui, temos absoluta liberdade: nós definimos a cor de cada botão, quantos links vão estar presentes na barra lateral e que imagens vamos apresentar ao utilizador em cada página.
Queremos um menu com 5 secções? Feito! Queremos uma animação quando passamos o rato por cima de um botão? Já está! Este é um ponto importante também para efeitos de branding – uma prioridade de qualquer marca que procura diferenciação, visto que uma imagem cuidada é fundamental para quem a visita.
Outro ponto relevante prende-se com a capacidade de monetização – se quiseres colocar publicidade para rentabilizar o teu tráfego, por exemplo, não será o Mark Zuckerberg a impedir-te. No teu site, no teu domínio, não há páginas de termos e condições para assinares. És dono e senhor de tudo.
2. Um site é previsível… e isso é bom!
As redes sociais estão em constante alteração. O que funcionava em 2016 não funciona em 2019 – e isso obriga-nos a estar em cima do acontecimento. As mudanças podem ser pequenas, como uma nova dimensão recomendada para uma imagem, ou algo mais elaborado, como uma actualização no algoritmo.
Este último ponto é crítico. O algoritmo do Facebook, por exemplo, determina o que cada utilizador vê na sua feed de notícias, assim que chega à homepage. E o algoritmo tem vindo a favorecer cada vez mais os amigos de uma pessoa, em detrimento das marcas – o que significa que o alcance das publicações é cada vez menor, a não ser que as marcas paguem.
Faz sentido, porque é assim que o Facebook faz dinheiro. O problema foi que as marcas começaram a ser cada vez mais prejudicadas para que a maior rede do mundo crescesse nas receitas anuais. Muitos negócios que dependiam do Facebook para vendas viram-se obrigados a mudar de rede e começar tudo de novo… ou a pagar pela amplificação de cada publicação, para continuarem a chegar aos seus clientes.
Num site, a história é outra – desde que o utilizador saiba o que escrever na barra de endereço do browser ou o que procurar no Google, encontrá-lo-á sempre disponível da mesma forma e sem depender de terceiros.
Esta previsibilidade tranquiliza uma marca, ao invés da incerteza das redes sociais, que podem sofrer alterações ou simplesmente perderem popularidade (como aconteceu com o Snapchat, MySpace ou hi5).
3. Tudo pode ser integrado num site
Num site, podemos apresentar o habitual conteúdo institucional, como o catálogo de produtos ou a apresentação da empresa, e conjugá-lo com outras secções, tais como:
- um formulário de contacto e outro para captura de emails;
- uma loja online, com métodos de pagamento como PayPal, transferência bancária ou até Bitcoin;
- um blog com notícias, onde falamos das melhores práticas da indústria ou da comunidade;
- outras páginas específicas com funcionalidades como mapas, fóruns, calendário de eventos, etc.
Tudo é possível e tudo pode ficar visível no mesmo site. E eu encontro aqui 2 vantagens: conveniência para o utilizador e maior facilidade na angariação de leads – outra grande preocupação de muitos negócios.
Não só conseguimos apresentar os nossos produtos ou serviços da forma mais conveniente, como podemos “artilhar” o nosso site com funcionalidades que seriam impensáveis numa rede social.
Em jeito de conclusão, as redes sociais são óptimas para trazer tráfego para o site, mas é nos sites que os utilizadores têm condições para ficar a conhecer a fundo o que cada marca tem a oferecer. E, no fim do dia, um site cuidado acaba mesmo até por servir como ponto de diferenciação face a outras marcas.
É por isto que eu digo que o site deve ser sempre o “quartel-general” de uma marca e o ponto central da maioria das estratégias de Marketing Digital.
E tu, o que achas? Concordas?
Comentários estão fechados.